A segunda bebida mais consumida no mundo é também aquela que hoje serve como instrumento para aproximar ainda mais as pessoas. A pergunta “vamos combinar um café qualquer dia desses?” poderia ser considerada universal quando o assunto é marcar encontro com pessoas queridas ou uma reunião qualquer.
O Brasil é considerado hoje o maior produtor de café do mundo, de acordo com a Organização Internacional do Café (OIC). Segundo pesquisas divulgadas pela Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), a bebida é consumida em 97% dos lares brasileiros, perdendo apenas para a água.
Mas sua pulverização e popularidade ao redor do planeta foram resultado de um processo de muitos anos. Hoje, o café está inserido em um universo cheio de complexidade, com cuidados que muita gente nem imagina.
Apesar das inúmeras cafeterias espalhadas pelas principais cidades do país, o costume de fazer um cafezinho em casa nunca será perdido. Mas com milhares de opções disponíveis no mercado, como escolher um café de qualidade? Justamente com o objetivo de nortear e proteger o consumidor, a ABIC desenvolveu “selos” para ajudar nesta escolha.
Monica Pinto, nutricionista, compartilha que é preciso tomar cuidado para não confundir pureza e qualidade na hora da compra. “O selo de pureza, criado em 1989, garante que todos aqueles produtos disponíveis na prateleira dos mercados sejam apenas café, sem nenhuma irregularidade e adulteração. Uma avaliação microscópica é feita para avaliar essa pureza. Um outro selo, criado em 2004, avalia a qualidade destes produtos”, explica.
A ABIC desenvolveu uma metodologia de análise sensorial realizada por especialistas treinados onde o café é classificado em 4 (quatro) Categorias de Qualidade: Extraforte, Tradicional, Superior e Gourmet. Numa escala de 0 a 10 pontos, quanto maior a nota melhor é a qualidade.
Atualmente são mais de 1.000 marcas certificadas sendo 47% delas produtos premium. Após ter em mente como é feita essa seleção de qualidade, é hora de procurar a marca que mais lhe agrada. Para isso, a especialista deu algumas dicas:
1) Verificar se o café possui algum tipo de certificação. Ela aconselha a experimentar mais de uma marca para ver qual atende melhor, uma vez que sabor e aroma são muito pessoais;
2) Optar por embalagens que preservem mais o café, verificando sempre a data de validade, com fabricação mais recente;
3) Comprar tamanho de embalagem de acordo com a quantidade que costuma consumir, para ter um café sempre fresco. Depois de aberta a embalagem só dura 30 dias – lembrando que o café não é perecível, mas ele é consumido pelo seu sabor e aroma e estes vão se perdendo pois são voláteis;
4) Caso haja possibilidade de moer em casa, optar pela forma em grão, pois tem o aroma e sabor mais preservado.
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